É evidente que essas pessoas existem
Todas elas existem. Todo mundo que está vivo existe. Quem está morto já existiu.
Isso aí é comum acordo.
Mas essas pessoas são homens.
Por exemplo, o homem chamado Álvaro Thais, cujo nome fantasia é Inri Cristo. Ele existe. Sua ficção pessoal a respeito de ser ou não Jesus é um assunto que não nos interessa, e uma crença de que não compartilhamos. Ele é nacionalmente conhecido como Inri Cristo, mas a gente também conhece como Álvaro. Seria estranho, autoritário e arbitrário que não pudéssemos nos referir a ele como Álvaro.
Felizmente nós não temos obrigações com a religião dele. Isso nem está sob discussão, em nenhuma instância legal do país. Não temos contato direto com ele, portanto ele não nos oferece risco direto. Não temos motivo para discutir sua história desinteressante, na qual não acreditamos. Se Álvaro não alega ser mulher, ele não nos incomoda particularmente.
Não são apenas homens que mentem ser do outro sexo ou não ser do sexo com o qual nasceram. Mulheres também fazem isso, mas elas não nos preocupam do mesmo modo.
Imagine que os direitos das mulheres são um barco e que os homens tentam invadí-lo. Nossa prioridade é impedí-los de subir no barco, não é impedir mulheres de tentar entrar no barco dos homens ou de pular no mar.
A gente lamenta muito que as mulheres tenham caído na cilada da autoidentidade. Lamentamos que estejam fazendo e normalizando cirurgias estéticas masculinizadoras do mesmo jeito que lamentamos quando se submetem a cirurgias estéticas feminilizadoras. Mas elas também não nos colocam em risco direto. Uma mulher que entra no banheiro masculino está se colocando sob risco, não às outras mulheres.
Um homem que entra no banheiro feminino põe todas as mulheres em risco. É como o nosso barco.
Na prática, um homem pode colocar todas as mulheres com quem tem contato em perigo. Pense por exemplo em presídios: se um homem (fértil) for colocado junto das detentas, pode engravidá-las. Ele pode engravidar todas as detentas férteis.
Agora façamos um exercício criativo. Imagine que você é um homem e que você foi condenado por abusar sexualmente de mulheres. Você vai para a cadeia masculina, e diz a lenda que em prisões masculinas os estupradores são violados.
Seus problemas acabaram. Você não precisa nem mesmo se dizer mulher, só escolher entre uma infinidade de autoidentidades. Vejam a seguir algumas delas. Entendam que todas as pessoas que alegarem ter uma dessas identidades podem escolher para qual presídio ir, podem requerer cotas políticas de mulheres etc.
É importante mencionar que as pessoas que crêem nessas mentiras usam conceito muito vagos e palavras e expressões vazias de sentido, como “gênero” e “identidade de gênero”. Na WDI Brasil nós nunca usamos esses termos (e não recomendamos que ninguém use), mas vamos reproduzí-los para mostrar o que essas pessoas dizem sobre si próprias.
Todas as definições foram retiradas dessa lista:
Não-binárie/Não binárie: Alguém que não é nem 100% homem e nem 100% mulher. Pessoas não-binárias podem utilizar este termo para si independentemente de sua identidade específica e também podem utilizá-lo caso não definam seu gênero de forma mais específica do que “nem mulher, nem homem”.
Aliegênero: Uma identidade de gênero que é uma interpretação de um ou mais gêneros de uma perspectiva não-humana. Alguém aliegênero pode ou não querer se encaixar em/adotar uma identidade de gênero, mas é sempre como “ume alienígena tentando se encaixar em um gênero de outra espécie”.
Driagênero: Alguém agênero, mas com uma conexão com uma floresta vazia.
Maverique: Um gênero específico definido por autonomia e convicção, em relação a saber que este gênero não é homem, nem mulher, nem neutro, e nem qualquer identidade derivada destas.
Nictogênero: Alguém cujo gênero é escuridão pura
Gênero-concha: Alguém cujo gênero é relacionado com conchas do mar.
Ouygênero: Um gênero relacionado com árvores e madeira.
Musicagênero: Uma identidade de gênero que só pode ser descrita por certe estilo musical, estética musical, álbum de músicas, banda ou música.
Vocês conseguem entender que contrariar alguém que alegue ser uma dessas bobagens é considerado CRIME DE ÓDIO? Falamos no texto anterior que é um escárnio com a população brasileira que sofre racismo, e é mesmo. Duvidar disso aí é, supostamente, um crime análogo ao racismo!
Um homem se dizer “não binário” “nictogênero” e/ou “maverique” é a mesma coisa que ele alegar ser mulher, ou ser o Inri Cristo. Não significa nada, apenas uma ficção pessoal. Não dá pra “se sentir” mulher do mesmo jeito que não dá pra “se sentir” “maverique”. É tudo uma grande bobagem.
As “pessoas que é neo-binauro” têm uma lista na Wikipedia, incluindo gente do século XVIII. Apesar de ouvirmos frequentemente que “é muito violento inferir a identidade de alguém”, várias dessas pessoas foram listadas postumamente, sem que elas assim se identificassem.
Toda essa bobagem está sendo considerada pela lei:
Alguém vai dizer que “essas identidades não são sérias”. Semana passada, no nosso Instagram, alguém disse se tratava de “pânico moral da direita”. Mas vocês podem pesquisar. Um exemplo conhecido, que virou piada na internet, é o Luiz Guilherme Pontes de Azevedo. Essa é a identidade que ele alegava ter em 2017:
E esse é um dos grupos de brasileiros que alegam ser “não binários“.
Aqui tem uma mulher se perguntando se ela é “schrödigênera“.
Aqui nos deparamos com um possível “xenogênero“.
Questões enfrentadas por “demimoças“.
As experiências de um “juxera proxvir“.
O grupo em inglês é muito maior, e mais bizarro.
Todas essas coisas são percepções (ou desejos, ou fantasias) das pessoas sobre si mesmas. Essas supostas identidades são “informadas” pelas pessoas, e a palavra delas é tão soberana a respeito de “quem elas são de verdade” quanto a de homem que alega é uma mulher. Não há diferença porque não temos como mensurar os sentimentos alheios, ou acreditamos neles ou não.
E nós não acreditamos, não somos obrigadas a crer no que os homens dizem.
Se vocês conseguem entender o absurdo disso tudo, expliquem para as outras mulheres do seu convívio, expliquem para todo mundo que vocês conhecem e que queira ouvir. A UNIFESP, por exemplo, acaba de adotar cotas para pessoas que alegam ter autoidentidades. São cotas para pessoas da comunidade “LGBT”? Não. Só pra quem diz que não é do próprio sexo ou que é de outro sexo. São cotas que também servem para quem diz que é “driagênero” ou “não-binário”.
E são cotas que poderiam servir à população pobre, negra/parda, indígena e deficiente.
Por mais que a gente seja contra cotas para comportamento sexual, é de se pensar por que nem toda a comunidade “LGBT” foi contemplada. Recomendamos a todos que se candidatem para essas cotas, já que a autoidentidade é soberana.
E pra quem é lésbica, bissexual ou gay e ainda defende esse pessoal, quem acha que faz “parte de uma comunidade” com esses parasitas… Hora de acordar. Vocês estão sendo passados para trás.
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